O que é uma Dioptria

A unidade de medida usada na óptica para designar a capacidade de refracção de uma lente, também chamada de "potência" da lente, é designada por "dioptria". É essa potência que permite que os raios de luz que atravessam as lentes possam convergir (lentes positivas) ou divergir (lentes negativas) e assim conseguir compensar a hipermetropia e a miopia, respectivamente.

O que é Miopia

Pessoas com miopia têm dificuldade em ver nítido a distâncias médias e longas. A miopia não é uma patologia, mas sim um erro de refracção que ocorre quando a luz que entra pela pupila converge antes da retina.

Cerca de 25% dos bebés nascem míopes, mas, na maioria dos casos, esse erro refractivo desaparece à medida que o olho se desenvolve. A miopia é geralmente detectada por volta dos 6 ou 7 anos, altura em que os pais ou os professores percebem que criança tem dificuldades em ler o quadro ou que coloca a cabeça muito perto do papel ao desenhar.

Por que a miopia está aumentando?

Nos últimos anos, tem-se verificado um aumento da prevalência da miopia entre crianças, especialmente nos países mais desenvolvidos. Alguns especialistas argumentam que isso se deve essencialmente a três causas:

  • O número de horas que as crianças passam em tarefas onde existe um recurso intenso da visão de perto (smartphones, tablets, computador).
  • A drástica redução do tempo em que as crianças se envolvem em actividades ao ar livre.
  • O uso prolongado de “luzes de presença” nos quartos dos bebés e crianças pequenas durante a noite.

Como a miopia é corrigida?

A forma mais acessível e comum é o uso de óculos. A miopia é compensada com lentes côncavas (negativas), mais grossas na borda e mais finas no centro, permitindo que os raios de luz que entram no olho míope convirjam na retina e, assim, proporcionem uma visão nítida dos objectos distantes.

O que é Hipermetropia

Pessoas com hipermetropia têm dificuldade em ver nitidamente de perto. A hipermetropia é um erro refractivo que ocorre quando os raios de luz que entram pela pupila, em vez de convergirem na retina, convergem por trás dela.

A maioria dos bebés (cerca de 75%) nascem hipermetropes. Com o desenvolvimento do seu sistema visual esse erro refractivo desaparece. Embora a hipermetropia possa ser detectada em tenra idade, às vezes passa despercebida, principalmente quando o erro refractivo é de baixa intensidade. Para que isso não ocorra, é aconselhável levar a criança a verificar a sua acuidade visual por volta dos 6 anos de idade (ou até mais cedo).

Como a hipermetropia é corrigida?

A forma mais acessível e comum é o uso de óculos. A hipermetropia é compensada com lentes convergentes, também chamadas de lentes positivas: mais espessas na parte central e mais finas nas bordas, permitindo que os raios de luz que entram no olho míope convirjam na retina e, assim, proporcionem uma visão nítida dos objectos distantes.

Hipermetropia é o mesmo que presbiopia?

Embora ambas causem problemas em ver os objectos nítidos no plano próximo, as causas desses dois erros refractivos são diferentes.

A hipermetropia ocorre quando os olhos têm uma determinada forma que impede a convergência dos raios de luz na pupila. No entanto, a presbiopia (também chamada visão cansada) é um erro refractivo que ocorre normalmente depois dos 40 anos, quando o cristalino, a lente natural do olho, cuja função fundamental é realizar a focagem, perde elasticidade.

O que é Astigmatismo

Pessoas com astigmatismo têm dificuldade em ver objectos a quase todas as distâncias (perto, intermédio ou longe). O astigmatismo pode ocorrer em simultâneo com outros erros refractivos, como miopia ou hipermetropia.

O astigmatismo é um erro refractivo que ocorre quando a córnea, a lente mais externa do olho, tem uma forma irregular ou oval, em vez de esférica. Como consequência, em vez de convergirem num único ponto, os raios de luz que entram através da pupila convergem em vários pontos simultaneamente, fazendo com que os astigmatas tenham visão desfocada a diferentes distâncias

Como o astigmatismo é detectado?

Aproximadamente 90% das pessoas têm astigmatismo, mas, na maioria dos casos, esse erro refractivo é muito baixo (0,25 a 0,50 dioptria) passando despercebido e sem correcção. Os astigmatismos mais altos são geralmente detectados na infância, apresentando as crianças sintomas de fadiga visual, sensação de ardor nos olhos e/o dores de cabeça.

Como o astigmatismo é corrigido?

Ao contrário do que acontece com outros erros refractivos, como miopia, miopia ou presbiopia, as lentes usadas para corrigir o astigmatismo diferem muito de uma pessoa para outra. Enquanto as lentes para compensação da miopia são côncavas (mais grossas nos bordos e mais finas no centro) e as lentes para compensação de hipermetropia são convexas (mais grossas no centro e mais finas nos bordos), as lentes para compensação do astigmatismo podem ser côncavas-cilíndricas e convexo-cilíndricas.

O que é Presbiopia (ou “vista cansada”)?

A presbiopia é um erro refractivo que aparece por volta dos 40-45 anos devido à perda de flexibilidade do cristalino. Essa lente do olho, encarregada da focagem na zona de perto, perde elasticidade com a passagem do tempo e, como consequência, o presbita percebe com menos nitidez os objectos mais próximos.

A presbiopia, também chamada de visão cansada, afecta mais de 80% da população acima de 45 anos e 90% das pessoas acima de 65 anos. Os sintomas mais comuns da presbiopia são:

O afastar dos objectos (esticando os braços), para conseguir focar/ler.

Dificuldade na execução de tarefas de visão de perto (ler, smartphones ...).

Fadiga visual associada ao esforço continuado de focagem de perto, podendo causar uma sensação de ardor nos olhos e/ou dores de cabeça.

Como a presbiopia é corrigida?

Por se tratar de um erro refractivo associado à idade, a presbiopia não pode ser evitada, embora possa ser compensada. Existem vários métodos para compensar a presbiopia, o mais comum é fazê-lo com óculos com lentes progressivas.

Como funcionam as lentes progressivas?

Para entender como as lentes progressivas funcionam, é necessário saber como funcionam os monofocais.

As lentes monofocais são aquelas que possuem uma graduação única em toda a superfície. Eles são usados para corrigir um erro de refracção específico, como miopia ou hipermetropia. As lentes monofocais também podem também ser usadas para corrigir a presbiopia, mas, como possuem uma única graduação, o presbita só pode usá-las ao realizar actividades associadas à visão de perto.

As lentes progressivas permitem a visão natural a todas as distâncias porque, como o próprio nome indica, a sua potência é distribuída progressivamente ao longo da superfície da lente. Isso significa que não há "saltos" ou "cortes" entre a visão de perto, intermédia e longe, permitindo ao usuário focar a diferentes distâncias de acordo com as suas necessidades, utilizando os mesmos óculos.

Ver as Cores

Ver as cores é, sem dúvida, uma das maiores conquistas que a visão nos proporciona. Os protagonistas indiscutíveis dessa função ocular são os cones, células foto-receptores localizadas na retina, responsáveis por capturar informações sobre a cor que chega aos olhos.

Para que você possa ver as cores, os olhos e o cérebro fazem um trabalho fascinante em conjunto. Depois de passar por duas lentes oculares, a córnea e o cristalino, a luz passa por uma abertura circular (a pupila) até atingir uma zona localizada no fundo do olho chamada de retina. Na área central da retina, a mácula, existem dois tipos de células: bastonetes e cones. Os bastonetes são sensíveis à intensidade da luz e, portanto, são as células que nos permitem ter visão nocturna. Os cones são sensíveis às cores. Ambas as células foto-receptores enviam toda a informação através do nervo óptico para o cérebro, onde depois é interpretada.

Diferentes tipos de cones.

Para ver as cores, a mácula possui três tipos diferentes de cones: alguns são sensíveis à luz vermelha, outros sensíveis à luz azul e outros sensíveis à luz verde. A combinação dessas cores básicas nos permite distinguir 8.000 cores diferentes.

Quando qualquer um desses três cones não funciona bem, surge uma disfunção chamada de daltonismo.

Todos nós vemos as mesmas cores?

Não! A percepção que cada pessoa tem das cores depende de diferentes factores: a maneira como a luz incide nos seus olhos, as suas características visuais específicas e se é um homem ou mulher.

Vários estudos indicam que as mulheres captam melhor as cores que os homens por razões evolutivas. De acordo com a hipótese caçador-coletor, enquanto os homens estavam envolvidos na caça e necessitavam de uma melhor percepção do movimento; as mulheres tiveram que aprender a diferenciar (por cor) os alimentos em boas condições daqueles em mau estado.

Os "Olhos Vermelhos"

Os olhos ficam vermelhos quando os vasos capilares da esclera, a camada externa branca do olho, dilatam, tornando-se mais visíveis. Essa irritação, pode ser causada por diferentes causas, como conjuntivite (alérgica, viral, bacteriana ou química), exposição contínua ao sol sem protecção adequada, entrada de um corpo estranho no olho, uso incorrecto de lentes de contacto e/ou fadiga visual.

Actualmente, os olhos vermelhos são um incómodo frequente, geralmente associado à exposição prolongada a écrans de computadores, smartphones, tablets, etc. Na maioria dos casos, os olhos vermelhos são acompanhados por outros tipos de desconfortos, como sensação de areia, lacrimejamento, secura, cansaço e/ou dores de cabeça.

Olhos vermelhos e a síndrome visual do computador.

Muitos de nós desenvolvemos nossa actividade profissional em frente a écrans e, sem nos apercebermo-nos, sujeitamos os nossos olhos a esforços excessivos que, mantidos ao longo do tempo, produzem diferentes desconfortos oculares, sendo o olho vermelho um deles.

Passar mais de três horas por dia em frente a um écran promove o aparecimento do Síndrome Visual Informático (SVI) ou a também designada de fadiga visual digital. Considerando que hoje facilmente passamos mais de 8 horas por dia a interagir com vários tipos de écrans, não é estranho que o SVI esteja presente na maior parte da população.

Por que o SVI faz os olhos ficarem vermelhos?

Olhar para um écran exige que nossos olhos realizem um enorme esforço de focagem. O cristalino, a lente do olho responsável pela focagem, curva-se para focar os objectos localizados no plano próximo, sendo que esse esforço constante promove o aparecimento de fadiga ocular e olhos vermelhos.
Por outro lado, o foco continuado num écran reduz a frequência com que “piscamos” os olhos. Ao ler um livro em papel ou quando fixamos o nosso foco num plano distante, os nossos olhos piscam cerca de 18 vezes por minuto. Quando estamos focados em olhar para uma tela, a frequência desce para 3 vezes por minuto. Essa redução na frequência causa secura da superfície do olho e, consequentemente, olhos vermelhos.

Como prevenir os olhos vermelhos?

Recorra à regra dos 20/20/20! Ou seja, a cada 20 minutos, desvie o olhar do écran por 20 segundos e foque a sua visão num objecto a 6 metros (20 pés = 6 metros).
Pisque os olhos regularmente.
Use lágrimas artificiais.
Não abuse do aquecimento e/ou ar condicionado.